As tuas palavras não podem carregar os sons dos outros. A forma como sentes tem que espelhar quem já és em cada etapa da vida que te cabe. A vontade que alimentas enquanto te estimulas e fazes por acreditar no que professas, tem que ir para lá da vontade dos que ainda não sabem no que acreditar. A tua coragem, até quando te sentes frágil, tem que se sobrepor a qualquer medo visível ou invisível. As tuas palavras carregam-te e é com elas que deves ensinar de que forma pretendes sem vista e entendida.
Cada dia uma nova possibilidade. Cada hora dos dias que poderão ser curtos para o que ainda pretendes fazer, ou demasiado longos se te mantiveres na sombra, será a soma das muitas que ainda virão na tua direção, por isso usa-as bem.
As tuas escolhas quanto aos lugares onde ainda te desejas ver, por vezes esbarrarão nos pontos cardeais dos que planeiam, em demasia, o que fazer, onde ir e quando ficar. Os teus sorrisos escondidos, mas que te desenham a alma, apenas serão vistos por quem conseguir ler e entender cada palavra, decifrando o que sentes quando as partilhas, partilhando o melhor de ti. Os teus sonhos, dos quais nem arriscas falar, falarão, um dia, com o coração de quem saberá como sonhar contigo.
As tuas palavras sairão com tudo o que tiveres dentro e por isso usarás as que bastarão para sarares quem se magoou demasiado, ou para magoar quem se recusa a sarar do que já nem deveria magoar. As tuas palavras podem fazer magia, as minhas sei que fazem, primeiro comigo e depois com quem as sabe ouvir.
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