3.3.15

Medo de Mulher!




Estás a preferir o "mal" que conheces, ao novo que te poderá acolher. Continuas numa demanda de felicidade que tem sido unilateral, que não te olha de volta, que apenas te cuida a um milésimo de até onde cuidares tu. Estás a fechar os melhores anos da tua vida, o azul dos teus olhos que deveriam estar a ser olhados por quem se enchesse de felicidade apenas por te imaginar...

Oh miúda misteriosa, do que tens tu medo? Já foste amada antes e muito, porque não o poderás ser de novo, do que duvidas afinal?

Tens a beleza das mulheres determinadas, vidas que galgaste até chegares onde estás hoje e que te permitem fechares a porta da TUA, deixando entrar apenas quem nela te fizer a rainha. Quem souber que desejos carregas, aqueles que te vês forçada a partilhar com outros que não quem amas, de forma tão desmedida, apenas tu, num passo que não é acompanhado. nem sequer visualizado, no futuro de quem já o perdeste, no primeiro minuto em que aceitaste as condições que não te serviam.

Mulher bonita, continua em frente, abre-te ao mundo, aceita que te querem como queres tu, e que aprenderás a amar outro, porque o que tens é já tão morno que te amassa o coração e o deixa demasiado pequeno para que acabes a duvidar até de ti.

Não é amor minha querida, é habituação, é o corpo que já conheces, é o teu que não desejas partilhar com mais ninguém, sobretudo porque achas que não o conseguirão ligar, mas deixa que te diga eu, quando um toque de mão de um homem real, de um que te deseje tanto, te faça vibrar e tremer das pernas, impedindo-te até de pensar, saberás. 

Não permitas que te ofereçam metades de nada, porque acabarás com coisa alguma. Tens apenas quem te deixa tocar quando está livre e disponível para não te pensar demasiado. Ergue a cabeça desse loiro misterioso, carrega com a pintura nos olhos, adorna a tua boca de uma cor que te dê vida, segurança, coragem, e sai para o mundo, verás que quando abrires a porta, estará bem do outro lado, quem já te esperava há tanto tempo quanto te desperdiçavas. Não tenhas medo, vais ser ainda muito amada e eu vou ver!

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