Não sabes o que sinto, nem o que faço quando estou a ser tão intensa quanto o são as emoções que se me entram dentro e me recordam da mulher que me tornei. Não entendes do que oiço quando nada me é dito e do que nunca deixo por dizer, de contrário implodiria do demasiado que me compõe. Não conheces os meus humores e não acompanhas o amor que seria teu se ao menos te interessasse. Não sabes quem sou porque estiveste desatento.
Estou num lugar demasiado confortável, mas é nele que exerço o único poder que me cabe, o de sentir e respirar à minha velocidade. Estou, outra vez, mais para dentro, desistindo de me mostrar aos que se esconderão, inevitavelmente, porque desistiram de ver. Estou serena o bastante para que também o coração acompanhe a mente que cultivo e com a qual avalio e reavalio o que vale mesmo a pena. Estou mais eu e sinto-o até quando fico quieta, imóvel e livre de olhares que nunca olham na direção certa.
Não sabes o que sinto porque sentes à tua maneira, sem demasiadas ligações e para que possas continuar a viver desligado. Não sabes o que sinto porque não consegues sentir nada por mim.
Sem comentários:
Enviar um comentário