Continuo à espera de te ouvir dizer o que sou e como o sou na tua vida. Engasgas-te na tua incapacidade natural de usar as palavras, que já deverias saber, são o que me fazem continuar.
Porque desesperas, porque buscas sons que já ouves faz tempo? Não terão que ser saídas de um romance épico, apenas tuas, simples mas reais, e se o forem, asseguro-te que chegarão até mim.
Não te esqueças, em nenhum segundo, que o que nos trouxe até aqui, aconteceu porque as palavras nos bastaram, porque as soubemos juntar, porque as alinhámos com o que somos um para o outro.
Não sei o que poderá ser mais bonito ou profundo do que aquilo que temos, os dois. Agora só vais precisar de fazer o que já estás a calar faz tempo. Não te esqueças de me cuidar, de estar atento, de me procurares e não apenas com as mãos, com o corpo que já reconheço. Dá-me palavras, tantas quantas eu conseguir guardar dentro de mim, porque de mim, já as soubeste e tiveste. Eu Consegui usar todas as letras, juntá-las uma e outra vez, todas quantas foram necessárias para que nunca precisasses de duvidar de como é grande o que sinto por ti!
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