E quando já não os restar nada, e quando o que somos, o que juntámos, em milhares de memórias, simplesmente nos abandonar e fizer de nós pessoas vazias, sem alma, sem emoções, presos num corpo que deixou de nos obedecer?
Estava algo desejosa por ver este filme com Julianne Moore, de quem gosto particularmente, e que esteve numa interpretação soberba, como nos habituou. Tem um ar enigmático, distinto e interpretou esta personagem de forma bem humana, na humanidade possível, sempre que doenças impiedosas, como o é o Alzheimer, nos arrancam a vida, aos pedaços, segundo a segundo, tudo o que tanto lutámos por conquistar.
Triste, mas real. Triste sobretudo porque tudo o resto se mantém, prossegue, nos olha de cima, e não se compadece com a nossa paragem, e redução de velocidade, até porque mesmo, e por muito que nos amem, jamais serão capazes de nos trazer de volta!
Recomendo!
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