De agora em diante, se me fizeres falta. Se sentir que te quero muito e que preciso que me toques para me certificar que te tenho, vou dizer. Se sentir, como acontece em grande parte do dia, que não consigo estar contigo, vou dizer que mudas cada olhar que uso para ver o que quero. Se para te deixar bem e fazer feliz eu tiver que dizer, 120 vezes que és o homem que preciso, vou dizer.
Quando nos dispomos a aprender, a prosseguir com o que nos veio parar às mãos, negociando e renegociando tempos, sentimentos e momentos, tudo acabará por se encaixar, eventualmente. Quando nos conseguimos distanciar de emoções revoltas e de medos, parando, falando e pensando no que pensará o outro, os elos da corrente manter-se-ão ligados, firmes e inquebráveis.
Eu sei o que sinto e de que forma passei a sentir-te. Sei por onde entraste e porque não planeio deixar-te sair. Posso dizer que é bom, querer-te assim? Não me fica mal reconhecer que és importante e que quero continuar a precisar da forma como preciso de ti? Devo aceitar o que me provocas e soltar-me?
Raios levem os medos, as vergonhas e tudo o que nos impede de nos deixarmos ir, acreditando no que ouvimos e ouvindo apenas o que nos soa bem. Que vidas deixamos de viver, e das quais tiraríamos muito mais, especialmente gente nova, completa e real, se ao menos tivéssemos coragem...
Está decidido. Vou interromper o ciclo, vou aceitar a minha evolução e vou abrir as mãos, sem receio do que receber. Desta vez certamente que será o dobro de tudo o que já dei, tu incluído.
De agora em diante se sentir, vou dizer, até porque já sei que me ouves!
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