Ser apenas eu, serviu durante algum tempo, mas tornou-se demasiado solitário, demasiado pequeno, sem os momentos que até sei partilhar porque preciso, porque não quero que este percurso seja apenas meu e porque mereço. Comecei a reavaliar, a repensar, e senti-me mais preparada para ti e é por isso que acredito que tenhas chegado. Comecei a deixar as "coisas" pequenas, no lugar certo, porque o que me assustava afinal não fazia qualquer sentido. Comecei por te entender, e acabei a desejar-te com esta intensidade de que sou feita e que sempre ponho em tudo. Comecei a amar-te mal percebi que o teu amor se encaixava e que fazê-lo me melhorava até o sorriso.
Que claro se tornou, mal entraste, que algumas pessoas serão sempre demasiado pequenas para que as possamos amar. Têm medo do medo que eles próprios se infligem e acabam a ver fantasmas em todas as esquinas. Que pena sinto, da falta de amor com que arrastam os dias, não olhando para não verem demasiado, mas querendo ser olhadas, cuidadas e amadas, quem sabe para lhes reavivar a memória esquecida.
Tratar de quem trata de mim não poderá ser de outra forma, porque não há como dar sem retorno!
Será que alguém alguma vez conseguiu explicar, aos que fogem até da sombra, que a vida não espera pelos indecisos? Será que alguém, alguma vez, lhes saberá mostrar o quanto estão errados quando apenas olham para o lado que lhes interessa, sem verem dentro de quem até lhes provou que sabia amar? Não sei se alguém o conseguirá, eu já deixei de querer cuidar dos que não se cuidam. A minha paciência passou a precisar de mais algumas explicações!
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