Existem mulheres que nunca serão compreendidas, que terão vindo com uma marca que as deixa marcadas e que apenas encontrarão um lugar, um tempo e paz, enquanto se esconderem de todos!
Caminhos paralelos, realidades que se cruzam, mas que ninguém parece reconhecer. Sorrisos fechados em lábios que muitos desejam beijar, mas que não têm sabor, não o que lhes passaria os sabores do mundo, aquele onde estiverem a viver.
Existem mulheres que não respiram o mesmo ar, que parecem ter chegado do nada, partindo quando ninguém olha, e regressando quando todos ainda dormem os mesmos sonos que matam os sonhos e que rasgam os desejos de quem se atreve a desejar mais. Existem mulheres assim, incompreendidas, com olhos que sabem ver para lá de qualquer olhar. Existem mulheres que nem as outras mulheres conseguem aceitar, porque trazem uma aura de cores que as cores não reconhecem. Elas estão por aqui, contam mais do que muitas contarão e transformam, para melhor, o que não se percebe mesmo quando se torna tão perceptível, que ignorá-las será provar os medos que o medo maior provoca. O de não entender e o de não saber tocar quem nos toca.
Ter uma pele que não envelhece. Uma sabedoria que perdura e um coração que não sabe magoar, faz destas mulheres seres que a luz reflecte para quem quiser olhar. Ter todos os males curados, as dores sanadas e as legendas em qualquer filme que muitos terão que ver, uma e outra vez, faz destas mulheres seres que deveríamos manter por perto, entendendo que terão que ser mesmo assim...
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