Será que começo, ou apenas tenho que ir recomeçando de cada vez que o princípio me parecer um fim improvável?
Queremos, todos, sem excepção, a sensação de voltar a casa. Queremos a segurança que os cheiros familiares provocam. Queremos os sorrisos que nos arrancam, até no olhar, quando olhamos para a pessoa certa. Precisamos da tranquilidade que nos passa quem queremos e achámos ter encontrado.
Por onde começar se a isso formos forçados? O que fazer, como virar e revirar a nossa vontade, se ela não estiver a ser satisfeita? Por onde começar se o lugar para onde me levaste não me bastar? Será que tenho que voltar para trás, perdendo o que pareço ter já conquistado? Que verdade me falhou entender enquanto parecia estar a entender-te?
Deveria saber sempre o que preciso e o que me faz permanecer de mãos dadas . Deveria ter o controle do volante, mesmo que aceite seguir, de quando em vez, do outro lado, ao teu lado. Deveria conseguir saber o que seremos ambos quando estivermos onde já não poderemos "cair", porque teremos segurado firmemente a vida que as nossas vidas anteciparam. Deveria ser capaz de voltar a casa para ti, mesmo que ainda não tenhas chegado.
Por onde começo agora se tiver que recomeçar?
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