Perdoar!

ḺỚV℮:


Existem várias formas de prisão e por norma as emocionais são as mais complexas. Perdoar é um processo mais simples do que podes imaginar, porque quando perdoas, aceitas que não podes controlar tudo, sobretudo a vontade dos outros. Perdoar é poder continuar, de forma mais tranquila e a conseguir retomar rotinas. Perdoar é a melhor e maior forma de amor, porque só perdoas quem foi importante.


Sou das felizardas, das que não odeia ninguém porque nem sei como se faz. Por vezes zango-me, claro, mas como nunca deixo nada por dizer, acabo a fazer as pazes comigo e com os que me deixaram na mão, recusando-me o que até poderiam dar se quisessem.

Já me decepcionei. Já me surpreendi e já fui apanhada, de surpresa no meio das muitas surpresas que alguma falta de carácter provoca, mas NUNCA, em nenhum momento, tive intenção de odiar, não perdoando o que até se torna perdoável, bastando que passe a desejar outra pessoa.

Nada do que queremos MUITO hoje, é totalmente impossível de se deixar de querer amanhã. Se nos sentirmos presos, amarrados a quem não nos consegue provar o que sente. Se não tivermos retorno nos sentimentos e nas emoções que não temos receio de dar, podemos simplesmente desistir e parar de lutar.


De cada vez que te impedes de perdoar, agarrando-te ao passado que te magoou, tornas-te tu o prisioneiro e ficas amarrado de forma invisível a quem nada fez por te merecer. De cada vez que te impedes de perdoar, colando-te a um momento, a algumas palavras e à falta de cuidado de quem afinal nunca te cuidou, acabas a apertar mais as grilhetas e a deitar fora a chave.


Perdoa, porque perdoar é tão natural quanto amar e acredita que os benefícios a longo prazo compensarão!

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