E se de repente, após um dia cinzento, alguém de quem nada esperávamos, entrasse pela nossa vida e nos trouxesse o sol, fazendo com que o cuidado, o carinho e a amizade com que nos olhariam, atravessa-se o vidro duplo que nos impedia de sonhar, de rir e até de desejar continuar?
Ainda há esperança para o mundo quando descobrimos que do outro lado de uma outra vida, existem pessoas que valem a pena conhecer. Pessoas que nos conseguem aquecer a alma recordando-nos de que afinal importamos. Obrigada a ti pelos minutos que ajudaste a preencher. Obrigada por me teres deixado "roubar-te" a energia com a qual me alimentei hoje, num dos raros dias em que me permiti sucumbir, não pela doença, mas pelo medo de não ser capaz de funcionar. Obrigada por saberes ouvir e calar quando me calei, não porque não tivesse o que dizer, mas porque fazê-lo seria magoar-me ainda mais. Obrigada por não te fazeres passar por quem não és, apenas para me impressionar, até porque sou pouco impressionável.
Afinal também tenho fragilidades. Afinal por vezes tenho até pânico, sobretudo de deixar de ser eu mesma, a que conheço, a que controla e se movimenta numa aparente segurança. Afinal hoje até que me soube bem mostrar-me, baixar a guarda e permitir que me animasses e que me fizesses sorrir enquanto me sentia chorar por dentro.
Há dias em que até debaixo de chuva intensa conseguimos sobreviver ao terreno enlameado e encontrar o chão que nos levará firme para o caminho de sempre!
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