Feelme/Deixar ir...Tema:Sentimentos! |
Quando acordas a saber que tens um milhão de tarefas por realizar, lugares para estar e pessoas para cuidares, deixas ir quem não te poderia acompanhar o passo!
De cada vez que decidem avaliar-te, nunca o fazem calçando os teus sapatos, apenas olham para as partes mais visíveis da tua vida e tecem considerações, baseados em porra nenhuma ou talvez nas suas vidinhas de merda. Hoje não estou azeda, estou dura e implacável com os que não mexem, um dedo que seja, para serem mais, é que sempre que acordo tenho mais e melhor para fazer, é tarefa que não termina e a terminar, já estaria eu engavetada, pronta para nunca mais ser nada nem ninguém.
Estou, cada vez mais, incrédula com a enorme displicência com que vivem TANTOS, mas TANTOS, que arrisco dizer que não estamos no mesmo mundo. Quem é que se pode atrever a queixar-se de uma vírgula fora de contexto, quando alguns não sabem nem como alimentar ou cuidar dos seus? Como se podem dar ao luxo de ter luxos emocionais, quando outros apenas se dão ao luxo de serem honestos, determinados, nunca desistindo do que lhes cabe?
Já percebi que devo deixar ir, a cada segundo, todas as pessoas que não parecem cair para lado nenhum, porque eu tenho quedas que me magoam e me assustam. Já percebi que afinal até preciso de deixar ir quem me adoece a alma e me interrompe os sonhos que já sonhava bem antes de existirem na minha vida. Já sei que deixar ir, o número de pessoas que se foram, significa que um dia quero estar rodeada apenas das que interessam conhecer e manter.
Conhecem a sensação de ter as mãos demasiado cheias e completas? Certamente que sim, os que as enchem. Quando estamos assim, não sentimos vontade de largar nada para tocar quem não nos toca. Já provaram do sabor amargo que nos passa quem não consegue passar absolutamente nada, mas assim mesmo ainda nos rouba tempo e paciência? Caramba, tanta gente que nos deixa e fazia uma enorme falta. Tantos seres que ajudariam o mundo a ser mais natural e colorido e só nos vemos rodeados de seres cinzentos e vazios.
Sabem o que vos digo? Vou só ali ao fundo do quintal gritar alto e já volto!
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