Eu sou assim, desta forma, talvez peculiar, porque nunca tento passar por cima de ninguém ou sequer magoar. Gosto muito de viver e de permitir que vivam todos, de preferência felizes, porque enquanto o forem não me darão qualquer trabalho!
Viver não custa realmente, se tivermos aprendido de que forma se vive, connosco, com os outros, sabendo quando ceder e quando nunca, em momento algum, deixar que nos deixem nos lugares errados, porque teremos que ser nós a sair deles e a limpar o que nos "sujou".
Ninguém diria, e muito menos eu de mim, que conseguiria ser tão analítica, vendo as coisas de diversas perspectivas e aceitando o inaceitável, pelo menos na forma como construo a minha própria vida, mas cada um terá as suas escolhas, ou que viver com a falta delas, se eu as puder ajudar a entender, fine, se não...
Assim, como estou agora, de volta a uma mulher que não perde tempo se ganhá-lo for possível. A que não se perde em mágoas desnecessária, nem em gastar energias a tentar que os outros entendam o que apenas as muitas dores que se infligirão lhes poderão ensinar. Eu já sei ao que vim e porque estou aqui. Eu sei colorir os quadros mais cinzentos e consigo que a sensibilidade e o bom senso prevaleçam quando tudo o resto pareça falhar.
Não grito se falando de forma suave, suavizar quem apenas se está a proteger. Não culpo se puder desculpar, lendo o que mais ninguém consegue e descontando todos os degraus que ainda não conseguiram subir. Não odeio se amar for o que tiver conseguido fazer, e forço-me a nunca me esquecer de recordar tudo o que me fez bem e me deixou sabores tão intensos na boca. Não aponto o dedo, mas reservo-me o direito de lamentar quem repete, uma e outra vez, o que não é aceitável.
Sinto-me sempre de volta a mim, como me reconheço, serena, feliz com todos os passos que agora não me impeço de dar, e mantendo a minha capacidade de continuar a oferecer do tempo que poderá até não me sobrar, mas que no final se multiplicará até retornar.
Assim, e só assim aceito andar por aqui, de alma lavada, íntegra, leal e fiel ao que sempre fui, porque só assim valerá a pena terem-me!
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