Digo sempre tudo!

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Digo sempre tudo e foi o que fiz, disse tudo o que pensava sobre ti, porque não existia outra forma de terminar com os meus fantasmas e construções, certas ou erradas. A ti caber-te-ia responder, contrapor, ou simplesmente aceitar. Claro que não o fizeste nem farás, porque sabias, melhor do que ninguém, que eu não deixo nada por dizer e que quando falo mais alto, tenho sempre razão.

Foi a comunicar que chegaste até mim, foi com palavras que percebeste o uso que lhes dou e se insististe, se achaste que terias músculo emocional para aguentar comigo, deverias ter continuado a ir aos treinos. O que aconteceu afinal? Vou dizer "alto", para que não restem dúvidas. Desististe, comecei a dar demasiado trabalho, tornei-me tão certa, de um certo que te mostrou o quanto estavas errado, que sentiste vergonha, de ti mesmo, claro está.

Sei muita coisa, é um facto, mas nunca saberei entender um cobarde, seja ele de que sexo for. Sei que algumas pessoas não foram talhadas para ter carácter e que por isso enganam tudo e todos, pisando até nos seus rabos, se, e quando se empenham demasiado na sacanice. Sei que te mataste a ti próprio e que não precisei de mover um dedo para que tal acontecesse.

Se tivesse que voltar atrás, faria quase tudo da mesma forma, porque a única coisa que mudaria, seria o modo como te levantei o véu, merecias, por seres tão "boa" pessoa, que o tivesse feito cara a cara, olho no olho, porque aí sim, terias que me mostrar de que massa és feito.

Digo sempre tudo o que sei e penso e quando quiserem que me cale, não me provem que tenho razão, é simples!

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