Por vezes escondo-me para que nada do que já considero ser demasiado, possa ser avaliado de forma errada Por vezes sei bem mais do que digo, mas escolho manter para mim o que aparentemente apenas a mim servirá. Por vezes espero, num desespero consciente, que venha alguém que me entenda, me leia e me impeça de esconder. Por vezes acredito, mas em muitas outras apenas sigo, eu mesma, com as defesas sempre em alta.
O que seria perfeito era ter-te, como és, como te conheces e em cada um dos dias que guardas apenas para ti. Nada contaria mais do que a história que escreveríamos juntos, ao mesmo tempo e com a mesma entrega. Tudo se encaixaria sem qualquer esforço, se nos esforçássemos para não falharmos ao outro, não de vontade e não por pequenez e egoísmo. O que seria perfeito, no meio de tanta perfeição, porque é assim que nos vejo, era o acordar a dois e o adormecer acompanhado de sonhos, os meus e os teus.
O que seria perfeito, agora, se o recebesse? Os teus segredos, os que nunca contaste a ninguém. Os meus planos, entendidos e movidos a mais do que às certezas que carrego. Os nossos momentos, planeados e tão sagrados, que nenhum momento que não passasse por nós os impedisse. O que seria perfeito, neste momento, era aquele abraço, o que me está prometido e que virá de ti.
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