Palavras leva-as o vento!
Nunca chegamos a saber o verdadeiro impacto das nossas palavras, em quem as escuta, mas por vezes também as desperdiçamos e por isso não chegam a transportar o que realmente importa. A capacidade de nos fazermos ouvir é algo que não nos acompanha a todos. O falar apenas por falar, pode causar mais danos do que benefícios, no entanto sou apologista de que não se deve deixar nada por dizer, porque engolir sentimentos de perda e de desconforto, só nos poderá trazer males interiores, porque depois virá um dia em que, pumba, "vomitamos" tudo e sai o que se deveria ter dito, misturado com o que não valia a pena dizer. As palavras são uma arma poderosa, e não desisto de as usar, sempre com a intenção de fazer bem, mas como não sou anjinho, lá calha também provocar uns quantos danos, ah pois é!
Palavras e mais palavras, algumas que não dizem coisa nenhuma, porque não trazem qualquer sentimento. Palavras soltas, mas que ao juntarmos conseguimos ler e ouvir bem mais do que era suposto. Palavras doces, vindas de gente amistosa e de bem com a vida. Palavras azedas de quem cobra tudo, até o que não é capaz de dizer. Palavras para que mais umas quantas regressem, cortando a solidão anunciada e palavras que nos refrescam por têm tudo o que nos faz falta.
Tanta coisa que se resolveria facilmente, se não insistíssemos em fugir da maior capacidade que o divino nos deu, o uso de vocábulos, a expressão oral e escrita. O vento não deveria levar as palavras, elas deveriam sim chegar ao destino e voltar com bem estar e felicidade. Utopia? Talvez, mas cá por mim sei que vou continuar a usá-las sempre e nem que a voz me doa!
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