Sou tão importante quanto me sinto!



Gosto de avaliar o meu percurso, detendo-me nos comportamentos e nas decisões, não por muito tempo, apenas o bastante para que não sofra réplicas. Quando percebemos que crescemos o suficiente e que nada do que seja pequeno nos perturba, passamos a dar muito mais importância ao que importa!
Os meus dias não se parecem com nenhum outro que tenha tido antes, sou tão comum e diferente ao mesmo tempo, que escolho virar e revirar as minhas crenças, olhando para mais longe e antecipando-me onde certamente me saberei reconhecer. Parece complexo e estranho, mas este é o formato dos que se importam com a essência, a que não poderá ser igual a nenhuma outra. A minha lista cresce a olhos vivos, porque nela acrescento o que nem me ocorria pensar, afinal agora até posso.
É um facto que só temos a importância que nos dão, mas precisamos de nos importar, verdadeiramente, com o que nos fornecerá estruturas que ninguém possa quebrar, quebrando o ritmo frenético de quem quer porque quer avaliar e decidir sobre o outro. Fui sempre uma mãe galinha, leoa e ursa, mas fui libertando os meus do peso de me fazerem feliz e corresponderem às expectativas que não poderão nem deverão ser minhas. Aprendi, porque a isso me propus, a respeitar os seus percursos, empurrando-os de mansinho e não os deixando cair demasiadas vezes. Aprendi a libertar os meus do peso do sucesso, porque bem sucedidos são os felizes e os emocionalmente resolvidos, os restantes são apenas escravos da imagem e das expectativas alheias. Aprendi a amar incondicionalmente, não esperando pelo que não me cabe ter e cabendo-me explicar-lhes o que isso representa. Aprendi a saber esperar pelo tempo certo de tudo sem me apressar demasiado e sou muito mais tranquila por isso.

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