Por onde ir e que caminho escolher?
"Por onde ir" |
Words can change the world
"Por onde ir" |
Ainda não sei onde vou parar, mas já sei que preciso de partir, de deixar o que comecei acreditando que era o certo, mas percebendo que sou muito mais do que um lugar, por melhor que ele seja.
Fui permitindo que a vida escolhesse por mim, delegando-lhe a responsabilidade que me cabia por inteiro e não ficando, obviamente, contente com o que me chegava. Sou eu a condutora do meu destino e não posso, em nenhum momento, largar da mão o que me foi "oferecido". Devo, em todos os momentos, explicar-me bem e desejar ainda melhor cada figura, para que nunca restem dúvidas quanto ao que preciso de ter para poder finalmente ser.
Ainda não sei em que dia volto a respirar de alívio, sabendo que o que tanto pedi finalmente chegou e chegando eu a casa, porque a reconhecerei.
Permiti-me acreditar nas histórias que me contavam e acrescentei uns quantos pontos para a embelezar, mas a realidade apresentou-se mais dura e implacável, sobretudo para me acordar e forçar a reentrar no percurso certo. Perdi umas quantas noites de sonhos furados e muitos outros dias de projectos que nunca saíram do papel, mas acabei por sair do marasmo e concedi-me o direito de escolher, determinar e reajustar, agora só me resta parar de esperar e finalmente concretizar. Estou pronta!
Por vezes escolhemos acreditar que se nos encolhermos um pedacinho, se cedermos espaço e tempo ao outro, eles conseguirá encaixar-nos no seu mundo, vendo-nos verdadeiramente. Grande parte das vezes espartilhamo-nos, corpo e alma, esperando que a espera eventualmente termine e possamos simplesmente começar a ser quem afinal somos. Na maioria das vezes desculpamos o indesculpável, achando que se o fizermos o outro mudará algo que já não nos impeça de mudar constantemente para que nos aceite. Não raras vezes, fingimos não ver o que escancaram, descaradamente, escudando-se na importância que acreditam ter, mesmo que lhes afirmemos que o mundo não gira em torno de ninguém, apenas do sol e esse sim é vital à nossa sobrevivência.
Por vezes sinto pena dos que ainda não me conhecem, porque poderiam levar TANTO mais do que aquilo que pedem!