A ter algum, qual será o meu poder em relação a ti e ao que sentes?
Não quero o poder de dominar, de subjugar ou sequer de influenciar, mesmo que pela positiva. Quero o poder de te manter e de saber o que te passo em todas as circunstâncias. Gostava de sentir mesmo o meu poder quando te falo de mim, do que fui e sou agora, fazendo-te entender e acreditar, mas esse definitivamente não tenho.
Tanto que ando a aprender, desde que encetei esta nova viagem. Tenho aprendido a ver para além de mim e a colocar-me mais vezes no lugar em frente, de frente para o que nem sabia estar a transmitir. Considero que uma das minhas características passa por usar de forma adequada, o bom senso, mas nem sempre consigo, nem sempre me deixam e não raras vezes acabo por ser julgada até pelo que não digo ou faço.
O mais difícil de uma relação, sem qualquer margem para dúvidas, é a conquista da confiança, a entrega completa de nós e das nossas emoções e o não julgamento perante o que não se sabe ainda. Conhecem o exercício da confiança? Sim, esse mesmo, deixamo-nos cair de costas quando confiamos em quem nos vai impedir de cair. E fazê-lo? Não parece fácil e não é mesmo. Quem confia segue em frente, foca-se nos passos seguintes, esforça-se por se ir motivando nos percalços e certamente que existirão muitos, a toda a hora, para nos testar a resistência. Quem confia espera pacientemente pelas provas e pelos olhares, os tais que nunca enganam. Quem confia sabe que o deve fazer, porque a não acontecer, desistir é o passo mais acertado.
Ainda não descobri qual o meu poder, mas a realidade até pode passar por não ter nenhum!
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