9.5.20

Vítima, queres ser?



Não gosto de me vitimizar, mas como sou humana, por vezes caio nesse embrulhar emocional e arrasto o que me cabe a mim resolver!

Largar da mão o que não pode permanecer nela, é uma resolução que vai mudar muito a nossa vida, acabando por restaurar o que adiámos. Perdoar, sair do lugar que nos oprime e restringe os passos, faz andar TUDO de forma mais célere. Colocar o foco em nós mesmos, sendo o início, o meio e o fim, permite que cheguemos a um lugar real. Não devemos culpar os outros das escolhas que deixámos de fazer, ou das erradas. Não podemos esperar que exista SEMPRE quem nos venha salvar. Não nos convém depender demasiado da validação de terceiros para produzir, afinal de contas a história é nossa.

Não sou muito tolerante com os vitimizadores de serviço, porque mesmo quando os estou a ouvir, escolho o tom que me permite manter-me presente na ladaínha que me afasta do que também tenho para resolver. Não sou das que "despeja" desgraças pessoais, prefiro auto-analisar e entender qual foi o meu real papel.

Não estou aberta a quem se fechou para as infinitas possibilidades que a vida nos dá, bastando que estejamos atentos. Não estou disponível para absorver e filtrar o que me mancha a aura e ensombra o coração. Não quero o que não me faz querer com a vontade que se tem que colocar em tudo. Não me vitimizo, arregaço as mangas e vou.

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