Hoje olhei para trás, foi apenas um espreitar rápido, mas que serviu para me iluminar o dia, aquecendo-o bem mais do que o sol que também veio para me presentear. Aceitar que tudo o que me chegou, parte do que não ficou e até o que ainda se mantém, teve e tem um propósito maior do que a minha anterior capacidade de análise, deixa-me mais analítica e permite-me uma compreensão gigante de mim mesma.
Deixei de me focar nos porquês, passei a aceitar que não domino o como nem o quando, ao invés passei a saborear o que me chega, não vá terminar depressa. Nada do que tenho e sou hoje, se coaduna com a pessoa de ontem. Nada do que carrego, de forma consciente e bem acordada, alguma vez poderia "carregar" pessoas imberbes no que toca à espiritualidade e à consciência do EU. Nada do que espero, pacientemente, para o meu amanhã, alguma vez poderia alojar os que apenas se sobrevivem a si mesmos.
Hoje a manhã foi emocionalmente produtiva e o resto do dia só poderá ser ainda mais completo, porque passei a viver de mim e para mim, sabendo que quanto melhor me sinto, mais me passo e que quanto mais me amo, maiores serão as possibilidades de esbarrar num amor igual. Hoje e cada novo dia, sou verdadeiramente capaz de viver no único momento que tenho, no agora.
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