Será que o meu coração poderia aceitar qualquer pessoa? Poder até que sim, mas certamente que não saberia ao mesmo, não traria as mesmas emoções associadas, nem me levaria QUASE à loucura de uma forma BOA.
Que lugar atribuímos a quem já não parecia ter lugar algum? Para onde fugimos quando nenhum dos sítios conhecidos, ou por conhecer, nos conseguem esconder? Quem vemos com o coração enquanto a mente tenta, em vão, saber o que pensar, pensando da única forma possível, a errada?
Será que a nossa natureza nos afasta do que deveria ser natural, até quando diferente e novo? Precisaremos assim tanto de entender todo o percurso até à meta, não bastaria que nos focássemos apenas no final para usufruirmos melhor da viagem?
Quem somos enquanto tentamos ser alguém diferente, talvez porque a anterior não tenha tido os melhores resultados? O que nos permitimos mudar enquanto mudamos pequenos nadas que nos levariam a deitar tudo a perder? Para que queremos amores seguros se até já sabemos que amar não tem rede e que cair nos fortalece e prepara?
Será que querer-te bastará para que queira menos o lugar onde me escondi, de mim, do mundo e das batidas irregulares dum coração que já controlava?
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