Está dito!


O que digo é exactamente o que sinto, mas quando já nada me move e o vazio se instala, silencio-me!

Sou um ser cerebral, por algum motivo que já nem questiono e por consequência analiso com calma e tempo e sem demasiados julgamentos até que me forcem a julgar e a fazer escolhas. Sou sempre autêntica e generosa comigo, porque preciso de viver de acordo com o que apregoou e porque simplesmente já não cedo perante vontades alheias, sobretudo de quem se alheou de mim. Não está escrito em lugar algum que preciso de continuar a entender, a desculpar e a fingir que não percebo. Não tenho que manter ciclos viciosos e que nada me acrescentam. Não preciso de ter que me explicar a quem forçosamente já me deveria entender e não me tira o sono saber que tive que tirar da minha vida quem há muito tinha partido.

O que digo, sempre e de cada vez que o faço, é o que me reflecte, sou eu mesma em cada palavra, sem receio de aceitar os meus erros, mas consciente de que não poderei cometer os mesmos. O que digo e direi, até que me doa a alma, é que ou me reconhecem e respeitam, ou não voltarão a ser bem-vindos na minha vida. Está dito!

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