Será que me é permitido escolher ou definir o homem que considero certo para mim?
Claro que tudo o que a mim me diz respeito me é permitido, e pretender ter alguém, preferencialmente para sempre, é não só legítimo, como desejável. Assim sendo, ou é alguém que me acrescenta e move, estimulando-me, ao invés de me abanar e deixar com os pelos eriçados em sítios que nem sabia ter, ou não o é de todo. Por esta altura do campeonato, com a minha idade, percurso e aprendizagens, já sei, com TODA a certeza, que tipo de homem NUNCA poderei aceitar.
Sou uma mulher de palavras, de pensamentos rápidos e práticos e NADA lamechas. Sei relativizar, analisar e permitir fraquezas, desde que as mesmas não sejam tatuagens que nem com laser se apagam. Posto isto, de que forma poderei aceitar quem não saiba juntar umas palavrinhas que formem uma frase com sentido? Para onde levaria quem ainda não soubesse o que faz aqui e do que me adiantaria ter quem não usasse as emoções, com a desculpa de poder ser usado e magoado?
Mas vamos por partes. Não sou atraída por "miúdos" e com isto entenda-se homens MUITO mais jovens do que eu. Porquê? Pela simples razão de que já sou mãe de três e nem eles me cansam com a dita imaturidade que vem com a data de nascimento, e essa ninguém muda. Sou mais adepta da "paridade" e por isso fui determinando que os mais velhos, ou da mesma idade que carrego, seriam mais próprios. Vai desta, recebo umas quantas bofetadas para acordar. Os ditos homens mais velhos, carregam o síndrome do "no meu tempo era assim, ou assado". Não há paciência! O que aparentemente passou a ser verdadeiramente importante, pasmem-se, prende-se com as refeições. Se não comem à mesma hora, nem que seja um segundo a mais ou a menos, ficam com a birra. Se não podem fazer as compras no local habitual, ou se lhes falta um ingrediente essencial, cai metade do mundo. Se o clube perde, estamos todos lixados com F. Se o governo e afins não os satisfaz, ficam dias inteiros a dissertar sobre o quão perdidos andamos todos. Pronto, vou dar a mão à palmatória e admitir que me caíram no colo os piores. Castigo talvez. Mas vamos juntar mais umas quantas. A barriguinha cresceu e já é tudo menos inha. Vida saudável que é bom, ou algum movimento que não passe pelo engraxar dos sapatos, é mentira. Ora aqui a JE, que é tudo menos conformada, parada e encaixada em padrões etários, merece no mínimo alguém que se mova e não apenas dum sofá para o outro. Eu escrevi que iríamos por partes, mas as ditas já vão longas e continuo sem encontrar o tal.
. E estás à procura?
. Não.
. Ora e então como planeias encontrar?
. Podia por exemplo cair-me no colo, desde que não tivesse excesso de peso.
Pronto, já servi o meu propósito e exorcizei, por hoje, uns quantos demónios, por isso não vos canso mais e vou só ali acrescentar uns items a esta já longa lista. Ser uma mulher que escreve dá nisto!
0 Comentários