Gosto de pessoas simples, mas cheias de uma complexidade que desconstroem com imensa facilidade. Gosto de quem usa a criatividade para colocar mais cor na vida dos outros. Gosto de sorrisos francos e sem esforço e de risos que surgem do nada e por vezes do que nem tem piada. Gosto do humor algo estranho que apenas têm os que conseguem ver o mundo para lá do óbvio e que por isso carregam uma leveza que nos retira o peso dos dias mais escuros. Gosto de pessoas no geral, mais de algumas que não parecem caber em nenhuma caixa, por não procurarem validação e das que já parecem ter percebido tudo o que à maioria levará mais do que uma vida.
Em que ponto e momento te encontras agora e que expectativas colocas no que te surge, pelas mãos do acaso que nunca o será na realidade? Quem sentes ser enquanto és de formas diferentes para cada pessoa, lugar ou situação. Até onde te vês a chegar e que importância dás ao que será tão importante que até te muda, ou tão insignificante que já nem te toca? O que pretendes ter no teu percurso e o que estás disposto a fazer, ou a abdicar de, para que nada to impeça?
Gosto de respostas óbvias quando estou mais tranquila, mas também aprendo, diariamente, a gostar das que surgem e me fazem pensar e quiçá até mudar ou reavaliar. Gosto de acumular as experiências que saberei passar aos meus e para essas, na maioria das vezes, nem precisarei de sair do sofá. Gosto de gostar sem julgamentos alheios, mas esforço-me, grandemente, por gostar da forma que me torne mais gostável.
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