26.5.22

Estás tranquilo?



Quando estou tranquila sei que te sossego. Quando recebo o que dizes sentir por mim, acreditando, permito que o teu amor cresça, sem reservas e reservando-me o melhor de ti. Quando deixo de duvidar e afasto as inseguranças, seguro mais o que estamos a construir. Quando e sempre que te dou apenas o que já armazenei, da melhor forma, percebo que me dou como precisas e acertamo-nos ainda mais.

Gostar de ti tem sido uma viagem completa, sem momentos parados, porque nos impusemos uma velocidade que estamos a conseguir acompanhar, mas com curvas sinuosas e crateras que parecem abrir-se nem sabemos de onde. Querer que me queiras tanto quanto aprendi a querer-te e já nem me conseguindo lembrar do antes, do dia que antecedeu o primeiro e no qual tudo parecia correr com total controlo, por vezes fragiliza-me, mas também me permite acreditar nas relações. Esperar que a espera termine para que saibamos exatamente o que significa estarmos a percorrer o mesmo caminho, está finalmente a serenar-me.

Quando me impeço de te testar e sei que o faço muitas vezes, permito que te mostres mais e que também pares de te segurar, defendendo-te do que NUNCA seria capaz de te infligir. Quando nos armamos menos e deixamos livres os braços que servirão apenas para os abraços que nos restauram, o ar torna-se mais leve e o respirar natural, como é suposto. Quando nos sabemos amar da exata forma que esperamos ser amados, as peças que faltavam encaixam-se.

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