Não quero ser a única a querer amar!

Amores que não bastam!


Não quero ser uma heroína, não no amor que me deverá assentar como uma luva, primeiro porque sei que o reconhecerei, escolhendo-o, e depois porque mereço ser igualmente reconhecida e verdadeiramente escolhida. Não quero lutar contra fantasmas, mesmo que eles possam existir, porque seguramente que se manterão muito para lá da minha capacidade de os saber gerir e aceitar. Não quero precisar de me impingir ou forçar a entrar no que deverá estar escancarado para mim. Não quero amores que cheguem de forma unilateral, porque acabarei inevitavelmente derrotada enquanto me esgotar no esforço de ser vista. Não quero ser a única a querer!

Foi tudo isto que determinei para mim e para qualquer novo amor que entrasse, mas também foi tudo isto que me "esqueci" de aplicar, desferindo-me golpes invisíveis que ainda hoje me deixam a padecer duma dor que nunca tinha sequer sonhado sentir. A minha determinação foi o que sempre me precedeu, no entanto acabei superada pela fragilidade dos que nada parecem saber e que acabam sem vontade de se conhecer, para que nada os force a forçar a vida a prosseguir. O meu olhar sob os outros de alguma forma era o que melhor me representava, porque me recusava a camuflar o óbvio, mas ainda assim, depois de tanto caminhar e conhecer, esqueci-me do quanto já me conhecia, e falhei-me.

Não quero ter que provar que sou a pessoa certa de alguém e não quero que me queiram sem que me provem que merecem ser amados da única forma que entendo, sem reservas.

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