O que fazer com os nadas da vida?



O que é que podemos fazer com quem precisa de TUDO para conseguir ter e sentir alguma coisa? Que vazios poderemos alguma vez preencher, quando eles se assemelharem a buracos negros? Até onde podemos ir para que alguns consigam ver e perceber o óbvio, quando já há muito desistiram do doce sabor do real?

Na verdade nunca poderemos ser a pessoa que alguém procura, na maioria das vezes de forma desesperada, se ela mesma não souber o que fazer com as dúvidas que a assolam e com a falta de limites. Acredita e tem fé, que virá o dia em que estarás por perto quando a hora for certa. O que nos foi prometido e antecipado tantas vezes, que ainda veríamos e sentiríamos o pior de quem na verdade também anda por aqui e faz parte deste mundo obscuro e semi-perdido, vai acontecer, mas caber-nos-à saber o que fazer de todo o NADA que vier agarrado.

O que fazes com quem se revela depressa e mal? Foges ou transformas-te numa espécie de salvadora da humanidade? O que fazes com a tua vontade de consertar quem apenas se conheceu danificado e doente? Que remédios usas para curar quem apenas te adoece a alma?

Desistir nem sempre é sinal de fraqueza, por vezes será tão somente uma tentativa de te manteres sã. Desistires dos ideiais que apenas tu criaste, vai seguramente libertar-te das grilhetas que te colocaste, permitindo-te voltar a ver e a ser vista. Desistires da falta de amor, poderá, se nisso te focares, trazer-te amores que farão transbordar o coração que já tens pronto.

O que é que podemos fazer com quem nada fizer por nós? Acho que sabemos todos a resposta, certo?

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