Quando comecei nesta caminhada de progenitora, não sabia bem ao que ia, nem de que forma poderia fazer a diferença na vida dos meus, mas de mansinho e com todo o bom senso de que sou feita, percebi que os passos deveriam ser sempre dados na direção da felicidade. E porquê?
As pessoas felizes são mais resistentes aos embates e vivem as coisas com intensidade, mesmo que as mais pequenas. As pessoas felizes fazem planos possíveis e conseguem visualizar o seu futuro. As pessoas felizes não carregam mágoas, nem o peso de famílias alargadas problemáticas. As pessoas felizes vão querer continuar a sê-lo, porque foi assim que sempre viveram.
Ser mãe fez-me focar no essencial, no que, mesmo sub-repticiamente, passaria os valores e a resistência emocional. Nada é mais importante do que a firmeza até na dúvida e isso fui conquistando a pulso, mostrando-me e provando ser possível. Os filhos absorvem-nos em cada gota e respiram do mesmo ar. Os filhos vão sabendo do que já aprendemos, se o passarmos da forma certa. Os filhos deverão ser sempre a nossa versão melhorada.
Nunca subi demasiado a fasquia no desempenho escolar. Nunca desatei a escolher por eles, procurando o que não fui capaz de fazer. Nunca deixei de os educar para a frustração, porque quando ela existe em casa, o mundo será inevitavelmente mais suave.
Quando percebi o que me cabia como mãe, escolhi criar filhos resistentes, íntegros, amáveis e autónomos, por isso não detenho demasiado na inevitabilidade do ninho vazio, afinal de contas foi sempre essa a minha função, ajudá-los a partir!
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