2.9.15

No meu ontem...



No meu ontem ficaste tu, deixaste-te ir, ou melhor, escolheste não prosseguir, não para o meu futuro, travaste e eu parei de te seguir, porque tal como já disse antes, decidi que metades são coisa nenhuma!

Se pudesse mergulhava num mar que apenas tivesse o amanhã que preciso para te tirar da pele, mas sei que devagarinho, escutando todos os "barulhos" que me inundam a vida, acabarás por ir sem volta, sem o cheiro que já teima em desaparecer, com o rosto que ainda recordo muito bem, mas cujos traços se sumirão tão depressa quanto sumiste. Não sei tudo e posso até posso dominar muito pouco, mas uso o bom senso e por isso entendo que quem não luta por nós não nos sente a falta, mesmo que nos deseje, de alguma forma acabará sempre por encontrar caminhos novos, mudando de direcção para que nunca possa colidir com o que não saiu bem. Assim foste tu, baixaste os braços, desististe de nós, porque sabias que não tinhas NADA para me oferecer e que NÃO tinhas conseguido amar-me como esperei, nada a declarar, são apenas factos da vida.

No meu ontem esteve quem aprendi a querer, pondo de lado tantas ideias que estavam erradas, aceitando e deixando que se entranhasse como o fazem os perfumes que nos prolongam e identificam, mas fui mal preparada, não tive o cuidado que sempre deve ser usado quando alguém novo chega até nós. Dei-me mal por ter achado que serias igual a mim, transparente, livre, leal, mas aprendi mais algumas coisas, as mesmas que terei de usar com quem bater à porta e se anunciar como o fizeste. Só preciso do amanhã para que pare de te sentir a falta hoje, mas ele está já aí, ao virar da esquina e quase que o consigo tocar...


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