Ser disponível, dar do nosso tempo e vontade aos outros, cuidando para que estejam bem, trás reveses, mas também nos ensina muito sobre o egoísmo, ou a falta dele!
Sou cada vez menos centrada em mim e na minha pequena família, a que está aqui por casa e da qual conheço cada passo, vontade, movimento ou acenar de cabeça, e por vezes, não sem algum custo, abro-me aos outros, deixo-os entrar e fazer parte de nós, mas nessas alturas todo o meu Universo fica completamente revolto e nada do que planeio, sempre com tanto cuidado, se encaixa. Sou "forçada" a abrandar, ui e quando abrando até dou choque. Escuto mais, presto atenção, dou conselhos, ou demito-me simplesmente de opinar sobre o que não entendo nem aceito, para não chocar, para parecer contida e fazendo um esforço sobre humano para não explodir. Nestas alturas tomo consciência do meu grau de exigência para com os outros, e de como me tornei quase eremita, gostando de estar no meu cantinho, onde coordeno e não me divido para poder reinar. Talvez mais umas quantas aulas de convívio familiar alargado me moldassem, ou talvez apenas servissem para me cansar mais, porque eu sou, realmente singular e não no sentido de especial, mas no número e no volume. Quero apenas o que é meu, com os meus, controlando cada segundo para não perder minutos preciosos. "Raio da mulher"!
Estou a aprender, com muito empenho, a saber cuidar de quem precisa de mim. Tenho que saber largar um pouco a prole, um bocadinho e permitir que outros me tenham na mesma proporção. Bem, quase, também não abusemos, não se muda uma mulher como eu de um dia para o outro. No way!
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