Já não te digo nem te falo do que esperas sempre ouvir de mim. Já não me importo com o que te move, nem com os teus planos. Já não digo nem bem, nem mal, porque simplesmente deixei de falar de ti e de pensar no que poderias pensar de mim. Já não digo, há muito, que te amo e não o voltarei a fazer, não porque me tivesse esquecido do amor que sentia, ou sequer por ter passado a um estágio diferente e novo, apenas deixei de me importar com o que o meu coração me grita.
Estar bem comigo implica saber do que padeço e qual foi a razão pela qual achei, em algum momento, que serias tu. Estar bem comigo, no único lugar que reconheço, já não te trás, já não tem o teu nome e já deixou de me importar. Estar bem comigo não pode ser o vazio que deixaste e por isso decidi que deveria preenche-lo com o que sou e tenho primeiro, e só depois com quem seja bem mais do que foste capaz.
Quantas vezes me ouviste dizer o que agora te falta? Quantas vezes desprezaste o que me esforçava para te fazer sentir? Quantas vezes foste e voltaste, achando que me terias sempre aqui? De quantas vezes precisarias mais para me conseguires ver?
Não desisti de ti. Não me afastei do que julgava ser a única forma de amor que conseguias construir. Não te abandonei, fui abandonada. Não te larguei a mão, vi a minha deslizar da tua e permanecer como está agora. Não parei de te amar, comecei a amar-me mais.
Já não digo a ninguém que eras o homem que me assentaria. Já não digo, com medo que me oiçam, que depois de ti mais ninguém, porque quero e preciso de continuar a viver!
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