Queremos porque queremos, encetar viagens novas, esperando que estejamos a ir na mesma direcção e a lutar as mesmas batalhas. Não há nada de errado no desejar, no esperar que se pense no outro de forma incondicional, não permitindo que o esquecimento se nos cole para nos esquecermos de dar o que faz realmente falta.
"Esqueci-me de te ligar; Não sabia que estavas a precisar; Tinha mais nas mãos do que podia segurar.
São inúmeras as "desculpas" que acabamos por ouvir, mas no fundo elas significam apenas que temos a importância que nos derem e que até poderá ser nenhuma.
Descer à terra significa parar de esperar por quem não chega, olhando para o lado onde não está ninguém, apenas as sombras que a nossa imaginação criou. Descer à terra é forçoso de cada vez que disparamos rumo às nuvens que não sustentam corpos físicos, almas vazias e nem sequer corações amargos. Descer à terra poderá travar-nos as subidas demasiado rápidas, nas quais corremos um enorme risco de cair desamparados. Descer à terra quando nos cansarmos de flutuar sozinhos, não sentindo a mão que imaginámos estendida, para nós.
Vou parar de sonhar, está prometido. Sim, mas apenas por alguns minutos, porque prefiro a loucura que me mantém viva, do que a realidade cinzenta com que te "aguentas", até que não consigas aguentar mais. Eu continuarei, cima e baixo, as vezes que precisar de me recordar que só vale a pena assim, e que quero, realmente ser mais do que aquilo que vejo enquanto não sonho.
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