Menos razão na emoção! Como conseguir contrabalançar as duas, não sendo em demasia, em nenhuma?
Quando queremos muito alguém, mas gastamos mais do nosso tempo com os "ses" e os "mas" que inevitavelmente nos irão impedir de a ter, então a razão está a sobrepor-se à emoção. Estamos a permitir que os nossos medos, os tais que apenas existem na nossa mente, nos empurrem para a direcção contrária, tornando-nos menos humanos, menos abertos aos abraços sentidos, daqueles que nos mudariam, para melhor, para passarmos a ter apenas silêncios e os mesmos lugares.
Não precisamos de mergulhar em águas turvas, de repente, lançando o que somos e conseguimos para o ar. Precisamos apenas de juntar as forças que nos dobram, e encontrar soluções possíveis. Passinhos de bébé, mas um pouco mais firmes. Planos definidos, mas com as adaptações e os ajustes que nos façam sentir mais confiantes para prosseguir.
Quando entendemos que já temos o mais importante, e que passa pela amizade, o respeito e o amor que vemos crescer, então só nos falta ir aumentando a velocidade, apenas tendo especial cuidado nas curvas e nos pisos molhados.
Vou tentar quebrar, de mansinho, os medos que vão indo de ti para mim e preciso que faças o mesmo, e que na tua vez me ajudes a ver de forma mais clara, sem que tenhamos que desistir um do outro. Terás que tentar que eu seja menos cerebral, e que te saiba incluir, fazendo planos audíveis, porque precisas de os conseguir ouvir, e não apenas de os imaginar. Vou continuar a manter-me optimista e forte o bastante, para que não arrisque deixaste desistir, não de mim.
A razão só servirá enquanto complementar a emoção de que é feita a relação que ainda estamos a construir. De contrário, será apenas um travão para o que até já sabemos que queremos.
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