23.9.16

Penso e penso e...

Yosemite National Park:



Penso e penso e NADA, não chego lá! Como é que se consegue dançar com a música de alguém, fazer das suas palavras nossas, acreditar nos seus sons, encontrar realidades semelhantes e depois descobrir que NADA, mas mesmo nada era real. Quando é que se percebe que apenas conhecemos um fantasma, alguém que se fantasiou e passou a dizer o que se esperava? Onde andaremos e de que forma a nossa fragilidade nos permitirá aceitar o que não enche nem preenche e o deixamos ir?

Talvez não devesse questionar-me tanto, mas sou humana, gosto de gostar, de sentir, de saber de quem entra em mim e na minha vida. Não crio amargos de boca, aceito e condescendo, mas questiono porra, se questiono. A vida activa real e plena connosco dentro já é tão pequena e curta, então porque a gastamos a parecer o que não somos? Até os enganos terão prazo de validade e depois o amanhã será solitário sem sol e sem cores, não vale a pena, não compensa.

A ti que não cresceste, mas que não te conheces e nem sequer sabes qual o caminho que te cabe, acredita que te perdoo e deixo que te vás sem que te expliques, porque nem tu saberás como. A ti que me tocaste e que conseguiste o feito de te saberes amado, vou apenas lamentar que te tenhas perdido uma vez mais, fugindo de tudo, de mim, de ti e da felicidade, porque ela assusta, mas também preenche, orienta e acrescenta. A ti que disseste tanto, talvez até o que sabias não ser bem assim, desejo menos palavras, mas mais coerência, respeito por quem és e pela imagem que passas. A ti que me chegaste sem aviso e a irromper alma dentro, desejo que saias à mesma velocidade e que passes mesmo a ser o fantasma em que te tornaste.

Penso e penso, mas nunca vou entender, nem sequer com legendas. Mas pronto, se não há não se pode!

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