Quando já não estiver sei que irás sentir a minha falta. Vais querer ouvir-me e tocar-me, mas já não estarei mais aqui, mesmo e nem terei como voltar!
São escolhas, foram as tuas. As minhas agora passam por um outro Universo, por um lugar que me acolherá e no qual irei recomeçar. Quando deres por ti, eu já estarei a tirar-te de mim, terei viajado muitos quilómetros e começado a ver gente nova, lugares que me abrirão horizontes, começarei a ter rotinas que já não te voltarão a incluir, nem memória de ti, porque lembrar-te seria masoquismo e seria sofrer em vão...
Talvez sintas a minha falta quando te faltar realmente. Talvez passes a lembrar-te mais vezes do que desejávamos ambos. Talvez te arrependas do que deixaste por fazer, mas aí já nem eu poderei valer-te, a nossa distância será tão grande quanto ainda é o meu amor por ti, aquele que se vai desvanecendo, agora mais depressa, sabendo o que há fazer e desistindo de lutar.
Já regressei há algum tempo às minhas rotinas. Deixei de te pensar a toda a hora. Deixei de ter espaço apenas para ti, foquei-me em mim e nos meus e passei a acrescentar muito ao que já era meu. Perdi-te, sei, mas apenas a ti, porque continuo aqui, a querer as mesmas coisas, a ser a pessoa com quem se conta e a propagar-me a estar para quem precisa de mim. Continuo aqui, a ser quem sempre fui, da mesma forma, mesmo que em maior descrédito. Continuas aí, do lado que também estiveste sempre, porque apenas foste vindo quando a minha falta crescia, talvez porque eu tivesse algo de especial, ou diferente, mas existem coisas das quais não se regressa, vidas que não recebem a benção da segunda oportunidade e almas que nunca se juntarão, não importa quantas vezes se cruzem. Nada a fazer, nada mais a dizer, nem quando não ter quem importa se tornar insuportável.
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