Chocolate? Onde?




Há muito que não comprava chocolate e por consequência não o comia, percebi que afinal é possível refrear ansiedades e olhem que as minhas não diminuíram, mas decidi que eu é que tenho poder, eu é que me domino e não os outros e menos ainda algo que, mesmo sendo muito bom, não me pode superar. O tamanho da barra de chocolate representa a carência de uma mulher, sempre ouvi dizer, mas parece que a minha total dependência se tranquilizou. Que sensação fantástica de controlo, até do que parece simples.

Mas agora vamos lá a saber, como é que me estava a dar? Mal! Era o que mais me faltava, negar-me até este prazer. Se já quase não faço nada por mim, porque raio vou abdicar da única coisa que me deixa em ponto de rebuçado, mais doce do que o próprio chocolate e capaz de aguentar os chatos que proliferam por este mundo? Não vou e agora que até arrefeceu o tempo, embora lá lambuzar-me. Não me fiquei por uma barra. Que lixem as teorias sobre as carências, porque admito que sou e estou, tanto, que não sei se a coisa vai lá apenas com estas.

Chocolate? Onde? Quando oiço a palavra mágica todo o meu corpo se movimenta na direcção certa e sei sempre qual vai ser o desfecho. Enrolada no sofá, quentinha e bem acompanhada. Este, sei eu que não me abandona nem arrefece, muito pelo contrário. Quanto às calorias, bem, essas também as queimo quando corro e quando me zango. Não nos podem tirar os prazeres todos caramba, alguma coisa terá que nos manter capazes de levar com gente mais amarga que chocolate amargo. Já agora e só a título informativo, gosto muito dos de leite. Pronto, vou só ali e já volto!

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