Talvez não estejas a sofrer como eu. Talvez te sintas, finalmente, livre outra vez. Talvez a minha escolha me magoe apenas a mim, mas o que quer que esteja a sentir, terá que ser resolvido por mim!
Dizem-me que estou mais arisca, amarga e intragável. Sopram-me que tenho que voltar a sorrir, dando o que preciso de receber, porque poderei nunca mais me recuperar. Avisam-me que estou a cansar todos e que já não pareço ter nada que me motive. Falam e falam, mas eu não os oiço, não me apetece e não quero alimentar-lhes o que julgam estar a ver. São transparentes e mudos e estão apenas a impedir-me de usufruir do tempo que me reservei, e preciso de muito.
Não sei por onde andas agora e com quem falas. Não sei como acordas e de que forma estiveste nas noites que me pertenciam. Sei tão pouco e talvez tenha que ser assim para que deixes de o ser. Não sei o que fazer, mas um dia certamente que me terei de volta.
Já acreditei que tínhamos o amor que nos assentava, mas não encontrei forma de te incluir não desistindo de mim e do que vejo para além do que sou agora. Já quis parar-me para que coubesses na minha vida, mas sei que to iria cobrar no futuro. Já foi fácil e bonito, mas agora a dor apagou tudo...
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