Achas que preciso de me recordar de como foste comigo? Será que ainda faz sentido que te traga assim, recusando-me a que te vás e a que volte a ser eu, em pé e a acreditar no que via antes?
Ainda não entendi por que razão, algumas pessoas nos marcam de forma a nos ensombrem a existência, mas já me "vão" explicando que têm uma função e que vêm para nos acrescentar e ensinar algo. Pronto, aceito e estou mais preparada para que entrem os que realmente forem importantes. Mas não haverá um único dia, em que não me lembre de todo e cada momento nosso. Não teria forma de deixar de lado tudo o que acabámos a viver juntos. Ajudaste-me a fechar ciclos. Carregaste-me ao colo quando mais ninguém se atrevia, desculpando-se da tal da "força" porque eras tu, genuinamente.
Sabes do que gostava mesmo? Era de que não te esquecesses de mim, do que te dei, do que representei e do que te prometi, porque iria cumprir cada pontinho. Gostava de te poder ouvir falar de nós, mais vezes. Gostava de poder armazenar o sabor da tua boca, e de o usar de cada vez que recordar-te fosse a única alternativa. Gostava de te poder dizer tudo isto baixinho, bem próxima de ti, sem que a distância emocional nos afastasse, receio eu que, irremediavelmente.
Não precisas de pedir que me lembre, porque não planeio esquecer-me de NADA, mas também não tens que recear que te cobre, porque querer-te não vem com etiqueta, não está contabilizado e porque me bastará saber que ainda te lembras de mim!
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