Deixa-me continuar a ser como me julgaste ver e não queiras mudar uma vírgula. Deixa que te ame, apressadamente, na aparente loucura que todos apontam, porque apenas assim o meu amor valerá a pena. Deixa-me sorver-te, pedaço a pedaço, sentindo e usufruindo da pele que me sossega e do corpo que me alimenta, de fogo, luxúria e muito desejo. Não reclames do que te dou em demasia. Não descures o cuidado, mesmo que excessivo, porque é com ele que te recordo da importância que tens para mim.
Estamos rodeados de amores sem sabor. Corpos que se encontram, mas nunca se tocam. Pessoas que não se misturam e nem se reconhecem. Estamos cada dia mais sozinhos, mas não nós, nunca nós, porque apenas nos temos se nos tivermos realmente, sem qualquer recusa, ou sequer medida.
Deixa-me continuar a ser o homem que amaste de sopetão, numa entrega que quase me assustou, mas que me soube pela vida, a mesma que não planeio manter se não te tiver. Deixa-me continuar a fazer o que te faz feliz!
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