Trabalhar quem somos, o que pensamos e a forma como nos comportamos, tem timings, sequências e exigências que nem sempre analisamos, não com o cuidado que lhe é devido. Consistência, eu era fã desta palavra, mas passei a gostar muito da adaptabilidade, porque é possível mudar e permitir que a consistência seja reavaliada. Por norma sou consistente, mas ultimamente dou comigo a ter a versatilidade que me deixa reavaliar o que tanto achei ser correcto, sobretudo para mim.
Sou obviamente consistente com o que acredito, mas aberta a novas formas de ver este mundo, que não sendo apenas meu, tem cores que nem eu mesma conheço, ou reconheço. Sou consistente com o que faço, mas já me depararei com novas formas de fazer e até muito mais bem-sucedidas. Sou consistente com a forma como olho os outros, mas é tão engraçado perceber que até os consigo olhar com mais benevolência, ou respeito, quando me permito olhar sem julgar.
O que mais desejo, especialmente daqueles a quem amo, é que me vejam como sou, aceitando que sofri mudanças necessárias e que o meu crescimento acrescentou-me mais e melhor. Ser vista realmente, em tudo o que empreendo, percebendo o meu percurso, que até pode ser ajustado, porque é ajustável de cada vez que tenha recomeços e sempre que alguém novo chegar, é o que preciso para me manter e continuar.
Estou a sentir, agora mais do que antes, que já sou vista e quase quase, entendida, não por todos, porque não seria possível, mas por quem me consegue mudar, embalando-me em melodias novas e que me soam ao que já esperava ouvir desde que iniciei o meu processo de crescimento. Sou consistente em toda a minha adaptabilidade e é isso que me importa!
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