Os ajustes às novas relações são realmente difíceis e só podem ser, basta que olhemos atentamente, para os modelos de casais tradicionais, os que não se divorciaram, os que passaram pelos namoros, mais ou menos longos com projectos comuns, para percebermos que também eles se debatem, diariamente, com lutas internas, deambulando entre o desistir, mandando tudo à merda e o resistir estoicamente a todas as marradas da vida. Se para "estes" já é quase uma missão impossível, e já passaram por tantos percursos e crescimento em comum, imaginem para os que vão começar de novo, frescos do outro, mas carregados de pesadas mágoas e heranças que não serão propriamente de lingotes de ouro. Tough!
O mais fácil é mesmo ficar sozinho. Ir picando aqui e ali. TANTOS que o fazem e eu até que conheço uns quantos, mas não é o mais natural e não é a nossa realidade, porque fomos feitos para estarmos em relações, estendendo as emoções ao que desejamos para ambos. Não quero o mais fácil, gosto de desafios e de lutas, mas não gosto da sensação de jogo eterno e de compromissos descomprometidos. Gosto do que tem nome. Não gosto do nim.
Quando já passámos a fase dos namoricos, da descoberta da sexualidade, dos quês e porquês, passamos a precisar de mais, muito mais e de forma a que que se possa permanecer no que nos completa, por isso as relações modernas são um verdadeiro desafio aos que ainda pretendem apenas e tão só a felicidade a dois.
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