Por vezes o que muda somos nós, não é o que nos rodeia, o que nos falta ou sequer temos a mais, por vezes é apenas mais um dia, o dia, aquele em que escolhemos escolher o que nos transforma.
Não tem que ser explicável, ou muito analisado. Não tem sequer que fazer muito sentido, porque talvez até o faça, mas de repente aceitamos a mudança que já nos envolvia e mudamos tudo à nossa volta. De repente algumas pessoas desaparecem do cenário e o mundo passa a girar de forma mais lenta, mas na velocidade certa.
Mas o que é que muda afinal quando mudamos? Muda o essencial. Mudam as expectativas que poderão ser ampliadas, mas que já são absorvidas e entendidas sem a ajuda de qualquer legenda. Muda o foco e a vontade de que tudo chegue com um sabor diferente, mais real, mais zen. Muda a capacidade de nos ouvirmos e de não termos medo de estar simplesmente a continuar, porque a vida é isto e ela precisa de ser vivida com o devido respeito. Muda a colheita e passamos a ver e a tocar tudo o que plantámos antes. Muda a vontade de continuar a mudar, porque estáticos não nos servimos nem somos capazes de crescer.
Vai sempre haver um dia, pelo menos para a maioria de nós, em que sentiremos a mudança em cada veia e músculo e é então que o sangue passará a fluir de forma a passar-nos o que verdadeiramente nos faz falta, nesse dia tudo fará sentido!
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