De repente, como se um vento novo tivesse vindo soprar-me na cara, deixei-me de merdas e passei a enjoar sentimentos que quase me engoliram no passado. Tudo tem um tempo, mas por vezes galgamos barreiras invisíveis e forçamo-nos a dores que nunca deveriam ser nossas.
Sou um ser pragmático, de pés no chão e até colocaria mais 2 se os tivesse, no entanto quando amo sou de uma entrega que cansa, sobretudo a mim e de uma intensidade que me consome, mas acrescenta, porque ou é para valer, ou para brincar só à apanhada.
De repente olho para trás, para as lágrimas e para as palavras trocadas, impressas e eternizadas e fico eternamente desgostosa. Caramba que melodramática. Tanta procura do que está bem esparramado na cara que agora já tem outro brilho. Tanta insistência e vontade de ter razão. Tanta perda de tempo.
"Vamos aligeirar"- Digo isto vezes sem conta, mas quando desato a sofrer por amor, desgasto-me com perguntas e procura encaixar todas as peças, mesmo que caia para o lado.
As lições valiosas chegam sempre na altura devida, nem 1 segundo mais cedo, precisamos apenas de nos dar tempo e de nunca querer remar contra marés vivas!
Hoje sinto que nada do que sentia lá atrás me voltará a perturbar, talvez porque tenha percebido que apenas eu, sozinha, cuidei de todo o enredo dum filme sem qualquer possibilidade dum final feliz
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