Não sei se estou fora das lides, se o formato mudou ou se apenas desisti de remar contra uma maré demasiado revolta, mas a verdade é que tenho um cansaço que não me abandona e sinto que as pessoas estão de alma envelhecida, pelo menos as que se cruzam comigo.
O que há de novo no amor? Gostava imenso de saber, até porque o mundo vai bem para além de mim e ver mais uns quantos com sorrisos rasgados e corações cheios, serviria para me motivar. Não deveria ser opção optarmos por caminhar sozinhos, mas a realidade é que ter demasiado trabalho e pouco prazer, já não faz a roda girar.
De novo, no amor, deveriam existir pessoas cheias de conteúdo e ainda desejosas de dar todas as voltas que as relações pedem, e sem que o tivéssemos que pedir. De novo, no amor, deveríamos encontrar amantes sinceros dos animais, daqueles que os incluem e dependem da sua dependência, porque mesmo que pareça lamechas, é um sinal claro de humanidade e entrega. De novo, no amor, precisávamos que houvesse um lar, um refúgio e que quem tivesse onde se refugiar, aceitando a necessidade da paz instalada, nos passasse serenidade e certezas. De novo, no amor, deveriam estar amores determinados e cheios de foco, porque a haver objectivo, há busca e caminhos que se percorrem.
O que há de novo no amor? Pouco, quase nada, talvez uma seca extrema e um terramoto de falhas, ou é isso, ou ando a precisar de mudar de lentes!
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