Deixei-te ir, sem demasiadas palavras, até porque ainda não trocámos muitas. Não me fiz notar, mesmo que me tivesses visto e sei que a tua vontade de que, por uma vez, que seria a primeira, o nosso contacto se estendesse e fizéssemos as perguntas inevitáveis, foi engolido peloi meu egoísmo ou alheamento. O dia foi estranhamente diferente, porque não contei com a normalidade que se teria que impor quando nos aproximássemos. Por norma espero algo ansiosa pela tua chegada e usufruo com urgência dos poucos minutos que nos permitem, mas hoje estranhei o meu distanciamento. Esqueci-me de ti. Não te senti a falta. Desviei-me do lugar que poderia ocupar por direito, escolhendo não estar.
Não pretendo tornar-me num caso grave de dureza emocional, mas a verdade é que a cada dia que passa, passo menos tempo a pensar em quem poderá vir a ser a parte inteira que se juntará à minha. A minha mente vagueia por outros lugares, e aqueles por onde me movimento não têm qualquer movimentação masculina. Nem posso dizer que seja triste, é apenas vazio do outro e bem mais preenchido de mim, comigo.
Hoje deixei-te ir e contigo talvez a possibilidade de voltar a querer quem me queira e seja correspondido...
0 Comentários