É tão difícil avaliar-te pela avaliação dos outros. O que devo afinal saber e o que não me deve interessar de todo? Até onde posso levar a verdade que não me sabe a real, se preciso, TANTO, de conhecer a tua realidade?
Queria que fosses uma tela em branco onde pudéssemos ambos escrever de novo tudo à nossa maneira. Queria que o tempo como o temos parasse e estivesse sob o nosso controlo. Queria querer-te sem demasiadas questões, mas perguntando-te tudo o que pudesses responder, porque preciso e porque apenas assim te terei como és.
Será que te devo entender como te entendem, ou perceber que ainda não percebem nada de ti, do que sentes e como? Será que te tens escondido, tal como eu, mostrando apenas o que a pele carrega, mas carregando o que a pessoa certa saberá ver? Será que posso confiar que confiarás em mim, dando-me o que fará com que te inclua?
Gostava tanto de encontrar quem não erguesse demasiado os muros e me permitisse entrar. Gostava de ser gostada sem medos, impedindo-me de sentir medo do amor. Gostava sobretudo de poder gostar de ti, livremente e sem os pesos do passado, porque gostava que te desses, a mim, como a nenhum outro. Gostava que não fosse difícil gostar de ti...
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