Cada um de nós terá uma temperatura corporal muito própria e conseguirá, ou não, tolerar as mais intensas. Sei que prefiro que o calor me aperte ou que o frio me gele, porque tudo, mas mesmo tudo, será melhor do que não sentir nada!
Se ao ver-te e se ao ser tocada por ti não me fizeres arrepiar. Se não souberes a nada. Se nem a temperatura puder ser medida, então rejeito e não quero, porque não preciso. A minha temperatura não me basta mas já é tão alta que ou encontro lenha para a manter, ou por favor não me tragam impasses. Coisas sem nome, ou cores que nem se distingam. Deixem-se seguir no meu ritmo e não me questionem.
Já lá vai tempo em que eu dizia que ou gostam de mim assim, ou temos pena. Aprendi que essa não é a fórmula certa, porque temos que nos saber dar, temos que conseguir abrir algumas brechas nas cascas duras que deixamos colar à pele. Temos que saber como deixar o outro entrar, porque numa relação importam os dois e têm ambos o mesmo peso. Mas sem calor, sem tom, sem voz, sem um olhar que se estenda e me consiga fazer ser realmente olhada, não quero, não preciso e não consigo.
Não sei como não sentir nada. Já só oiço as músicas que me mexem por dentro até que o meu corpo já não se saiba mais segurar e é assim que espero por um amor, a tocar-me TODA, levando-me às estrelas e trazendo-me de volta em segundos. Estou a pedir demasiado? NÃO. Sei dar assim. Consigo que me sintam inteira, por isso exijo o mesmo. Preciso de saber que sou eu em todos os instantes e que começar me levará para o futuro que só visualizo ao lado de quem amo.
Não quero metades de nada
Amo como já sei que funciona
Dou porque espero receber de volta
Avalio menos, mas sinto bem mais
O NADA não me serve, porque ele é apenas isso e não deixa margem para incluir o que quer que seja. Se não sentir não estou viva!
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