Aprendi a sobreviver ao teu desamor e a recolher os sentimentos que deixei, por aí, disponíveis para usares, mas que usaste mal. Deixei de esperar pelo regresso adiado, até que finalmente adiei a minha vontade de esperar e passei a viver. Superei as dores que me fizeram crescer e percebi a minha importância no processo. Passei a passar mais tempo comigo, ouvindo-me nos silêncios e impedindo as tuas palavras de voltarem a ecoar, em mim e no meu cérebro cansado. "As palavras têm poder" - Digo-o vezes sem conta, mas as que deixamos por dizer são igualmente poderosas e capazes de solucionar até o que aparentemente não tinha solução. Fiquei mais quieta e já não preciso de ser validada para ter valor. Aprendi da forma mais amarga que os opostos não te atraem e que não adianta ter por perto quem não nos vê por dentro. Quem não nos respeita na diferença. Quem não se congratula com os nossos sucessos, mesmo que eles nos levem algumas vezes, porque voltaremos sempre se tivermos para quem. Aprendi a ler nas entrelinhas palavras aparentemente sentidas e percebi que não haverá forma de curar quem não se reconhece doente, por isso debita o que não sabe entender e entende tudo mal. Aprendi a deixar seguir, a vida quando mais escura, as pessoas quando perdidas e os momentos que não nos sabem ao sabor que tem o que é certo. Aprendi comigo e por mim a ser a única forma de armazenar o que me faz falta e depois disso nunca mais experimentei a escassez.
Aprendi a voltar aos carris e a viagem ainda agora começou!
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