5.8.20

Quem é que controla a minha vontade? Eu!


Olá amor novo,
Preciso que saibas que deixei no passado todo o amor menos positivo, pequeno e trapalhão que me atrapalhava a vontade e me impedia apenas de sentir. Aprendi que sou a detentora da minha vontade e com ela escolho dar e exigir de volta o crescimento que me impus e que faz de mim um ser mais pleno e pronto. Por vezes receei por ti, por todos os paradigmas de que sou feita, porque acabei a armazenar até e sobretudo informação desnecessária, impondo-te o que apenas complicou o fácil. Convenceram-me de que sabiam do que falavam e talvez por isso tenha também falado tantas vezes sem saber o que dizia e remando para o lado oposto da nossa felicidade. Disseram-me, vezes sem conta, que o que contava era ser igual a todos os outros, sem questionar o que ninguém entenderia, por isso aceitei, até perceber que afinal não percebiam de porra nenhuma e deixei de ouvir os que não me poderiam servir de exemplo.
Vou-te dizer algo em jeito de confidência, nada me dói mais do que a passividade a que me vetei tantos anos, quando até já sabia o que era suposto saber e ser. Mas porque hoje sou um ser livre, escolhi a única liberdade que me define, a que carrega o meu nome e carimbo até nas mais pequenas atitudes e palavras e foi depois disso que o que realmente considero ser amor passou apenas a considerar os que são dignos de o sentir.
Caro sub-consciente, passei a poder controlar a forma como vivo, porque já o faço conscientemente e sem responsabilizar todo o lixo que arremessaram para mim dentro. Aguarda por isso por novos desenvolvimentos e passarás a usufruir de alguém tão novo e renovado, que a nossa mudança conjunta saberá a certo e a merecido.
Quero desejar-nos boa viagem de regresso a nós, sem os que jamais voltarão a ter lugares marcados no "veículo" que nos transporta para cada um dos lugares onde seremos o resultado das nossas decisões atempadas.
Ufa, custou, mas foi.
De mim para nós.

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